sexta-feira, 25 de julho de 2014

Gilda (1946)

Gilda
Drama, Film-Noir, Romance

A razão pela qual vi este filme foi porque nunca antes tinha visto um filme de Rita Hayworth e quando vi o  cartaz de Gilda decidi-me por este.

O título do filme é Gilda e só dá Gilda. Rita atinge o apogeu de sensualidade e sex-appeal neste filme. Não são precisas cenas de sexo explícito para deixar patente a química que há entre os dois protagonistas do filme. Rita Hayworth e Glenn Ford conseguem transparecer essa química com a intensidade que o filme requer.

O filme conta-nos a história da mulher de sonho de qualquer homem que não consegue reaver o homem que antes perdeu. O destino fez questão de os reunir, sendo que Johnny Farrell(Glenn Ford), o narrador da história, passava a trabalhar para o marido de Gilda. O dono de um casino na Argentina.

O desenrolar do filmes mostra a forma como os protagonistas se tentam perceber apesar da falta de afinidade entre ambos, mesmo havendo amor entre ambos.

É nesta relação amor/ódio que Gilda vai demonstrando a sua faceta mais sensual com o intuito de fazer com que Johnny cedesse às suas iniciativas. Contudo, Johnny deve lealdade ao marido de Gilda, pois este estendeu-lhe a mão oferecendo-lhe um bom cargo no seu casino. E isto é como um travão ao romance. Ou bem é leal ao seu amigo ou segue o seu coração e reconquista Gilda. E o filme pauta-se desta forma.

Não é um romance normal, é complexo, tem demasiadas teias e é isso que torna este filme tão bom de ver. Porque há uma constante evolução das personagens e podemos ver novas facetas das mesmas.

É neste filme que surge uma das cenas mais emblemáticas do Cinema. Rita Hayworth e o seu hair-toss. Uma cena muito reconhecida do filme The Shawshank Redemption, onde os prisioneiros deliravam quando Gilda surgia quando lhe perguntavam se estava decente enquanto o seu marido e Johnny entravam no quarto.

Neste filme surgem também duas cenas onde Gilda canta, uma em acústico e outra num estilo mais cabaret. Sendo que a musica Put the Blame on Mame se tornou icónica graças a Rita Hayworth e a forma como a cantou.


Em suma, Gilda é um filme que recomendo. Pela complexidade do romance das personagens principais, pelo desenvolvimento das personagens face à relação amor/ódio onde demonstram outras facetas, pelo ambiente de luxo que rodeia a acção, pela fotografia do filme. Por tudo isto e por muito mais. É um filme a ver.

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